Endividamento volta a subir no Paraná
Após período mais comedido, percentual de endividados chega a 83,6%. Contas em atraso e falta de condições de pagamento também pioram em maio
Síntese dos resultados |
||||||
Mês |
Paraná |
Nacional |
||||
Total de Endividados |
Com contas em atraso |
Sem condições de pagar |
Total de Endividados |
Com contas em atraso |
Sem condições de pagar |
|
Maio de 2015 |
87,5% |
26,9% |
9,3% |
62,4% |
21,1% |
7,4% |
Abril de 2016 |
82,9% |
26,5% |
10,2% |
59,6% |
23,2% |
8,2% |
Maio de 2016 |
83,6% |
29,0% |
12,3% |
58,7% |
23,7% |
9,0% |
O endividamento voltou a subir no Paraná. A sucessão de melhoras verificada desde janeiro foi interrompida em maio, quando 83,6% das famílias do Estado relataram ter algum tipo de dívida. Em abril, o índice era de 82,9%. Contudo, os resultados ainda são favoráveis na comparação com maio de 2015, quando o endividamento abrangia 87,5% dos paranaenses. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
A parcela de famílias com contas em atraso aumentou em relação a abril, passando de 26,5% para 29% neste mês, assim como em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando era de 26,9%. A falta de condições para pagar as dívidas também subiu de 10,2% no mês passado para 12,3%. Em maio de 2015 o percentual de famílias sem condições de arcar com seus compromissos financeiros era de 9,3%.
Diante disso, a inadimplência, que é o atraso superior a 90 dias, também aumentou, saindo de 47% entre os consumidores com contas em atraso em abril para 49,2% em maio.
Apesar do aumento sazonal verificado neste mês, a postura dos paranaenses é similar a dos demais brasileiros, que estão apertando os cintos para equilibrar as contas desde o começo do ano. As famílias estão evitando o endividamento em 2016, algumas pela queda do poder de crédito, outras por optarem por quitar seus compromissos antes de contrair novas dívidas. O cenário nacional manteve o viés de queda, com 58,7% dos brasileiros endividados. No entanto, os percentuais de famílias com contas em atraso (23,7%) e sem condições de pagamento (9%) tiveram aumento.
Mês/ano |
Total de endividados |
Com contas em atraso |
Não terão condições de pagar |
Condição de pagar totalmente |
mai/15 |
87,50% |
26,90% |
9,30% |
30,20% |
jun/15 |
88,80% |
27,10% |
9,20% |
32,80% |
jul/15 |
87,00% |
24,30% |
9,20% |
29,50% |
ago/15 |
85,90% |
23,70% |
7,60% |
31,00% |
set/15 |
86,30% |
26,00% |
8,50% |
29,30% |
out/15 |
85,70% |
27,30% |
10,90% |
28,10% |
nov/15 |
87,00% |
28,40% |
12,20% |
27,10% |
dez/15 |
87,40% |
28,60% |
11,40% |
29,70% |
jan/16 |
85,70% |
25,70% |
9,20% |
32,00% |
fev/16 |
85,50% |
24,20% |
9,50% |
25,90% |
mar/16 |
84,40% |
27,00% |
10,30% |
30,10% |
abr/16 |
82,90% |
26,00% |
10,00% |
32,00% |
mai/16 |
83,60% |
29,00% |
12,30% |
25,20% |
Nível de endividamento
A maioria dos paranaenses (41,6%) acredita possuir um nível mediano de dívidas, enquanto 27,1% se consideram muito endividados. Outros 16,4% não têm dívidas e 14,9% estão pouco endividados.
Tipos de dívida
O cartão de crédito apresentou queda na sua utilização com relação ao mês passado (67,9%), mas ainda assim concentra 65,8% das dívidas das famílias. Os paranaenses utilizam menos o cartão de crédito em comparação com a média do país, em que 77% das dívidas dos brasileiros estão relacionadas a essa forma de crédito.
O financiamento de veículos e o financiamento imobiliário, apesar da maior restrição dos bancos à concessão de crédito, continuam sendo outros dois principais meios de endividamento, com 11% e 10%, respectivamente. Os carnês correspondem a 5% das dívidas no Estado, mas no cenário nacional respondem por 15% das contas a pagar.
Tempo e percentual de renda comprometida
O tempo médio de comprometimento com as dívidas é 7,2 meses no Estado. Já o percentual médio da renda afetada pelas dívidas é de 31,7%, sendo que 18,5% dos consumidores paranaenses têm mais da metade da renda já vinculada ao pagamento de contas.