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Intenção de consumo cai outra vez no Paraná e atinge nova mínima histórica

Sensação de segurança no emprego também atingiu a pontuação mais baixa dos últimos seis anos

 

ICF

Maio/16

Variação Mensal

Variação Anual 

Abril Nacional

Variação Mensal

Variação Anual

 

(Em pontos)

%

%

(Em pontos)

%

%

Emprego Atual

107,7

-1,3

-17,3

100,2

-2,5

-15,0

Perspectiva Profissional

84,5

-2,3

-15,5

93,0

-3,9

-15,9

Renda Atual

155,6

0,9

-10,9

87,0

-5,4

-24,5

Acesso ao crédito

74,3

-3,9

-38,0

66,5

-5,6

-33,0

Nível de Consumo Atual

46,4

-8,9

-48,6

44,8

-8,7

-39,2

Perspectiva de Consumo

22,5

-10,9

-56,4

54,9

-4,0

-37,5

Momento para Duráveis

71,1

-13,0

-26,6

42,9

-3,7

-39,1

Índice

80,3

-3,9

-26,4

69,9

-4,6

-27,5

 

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR) chegou a uma nova mínima histórica no Paraná. O indicador marcou 80,3 pontos em maio (em uma escala de 0 a 200 pontos), o que representa redução mensal de 3,9% e recuo de 26,4% na comparação com maio do ano passado.

As famílias de menor poder aquisitivo (renda até 10 salários mínimos) são as mais afetadas pela crise econômica e política e estão menos propensas a consumir, com 79,4 pontos. Entre as classes A e B (renda superior a dez salários mínimos) a ICF ficou em 84,5 pontos.

O cenário paranaense segue a mesma tendência nacional, que atingiu a pontuação mais baixa da pesquisa, iniciada em 2010. A ICF brasileira ficou em 69,9 pontos neste mês, apresentando retração anual de 27,5%.

O indicador paranaense se mantém acima do nacional principalmente em função da renda das famílias, que apesar da crise, é mais elevada e também porque o desemprego não aflige os paranaenses de forma tão aguda quanto em outras unidades federativas. Tanto que o quesito Renda Atual foi de 155,6 pontos no Paraná, enquanto ficou em 87 pontos na média do país.

Emprego

A sensação de segurança com o emprego atual também atingiu a pontuação mais baixa dos últimos seis anos no Paraná, com 107,7 pontos, e segue o viés de queda nacional, que registrou 100,2 pontos em maio.

Os paranaenses também estão menos otimistas em relação a uma possível melhora profissional nos próximos meses. Enquanto este item marcou 84,5 pontos no Estado, ficou com 93 pontos na média brasileira.

Nesta avaliação, 48,7% dos entrevistados não acreditam que receberão alguma promoção ou aumento salarial, percepção que vem se acentuando ao longo dos meses, principalmente entre as classes C, D e E. Nas famílias com renda até dez salários mínimos, 49,4% têm uma opinião negativa, ante 45,9% entre aquelas com renda superior a dez salários mínimos.

 

Acesso a crédito e nível de consumo atual

O acesso ao crédito ou empréstimo foi considerado mais difícil para 49,3% dos entrevistados e mais fácil para apenas 23,7%.

De modo geral, 67,4% das famílias estão comprando menos do que em igual período do ano passado. O corte no consumo é mais acentuado entre as classes C, D e E, com 68,9% gastando menos, ante 60,6% nas classes A e B.

Apenas 13,9% dizem estar gastando mais, principalmente os consumidores com renda superior a dez salários mínimos (17,6%). Outra parcela da população, 18,6%, afirma estar mantendo o mesmo nível de consumo.

 

Perspectiva de consumo

O indicador perspectiva de consumo, que questiona como tendem a ser os gastos da família para os próximos meses, foi o que apresentou a maior queda para o Paraná na variação anual. De maio do ano passado para o corrente mês, o índice caiu 56,4%. Nos demais estados brasileiros, a propensão de consumo também teve impacto negativo em maio, apontando retração de 37,5%. Esse item é um dos mais representativos da pesquisa, pois demonstra diretamente a perspectiva de consumo.

 

Momento para consumo de duráveis

Para 61% das pessoas este é um mau momento para a compra de bens duráveis, tais como eletrodomésticos, aparelhos de TV e som. Tal percepção é mais acentuada entre as famílias com renda até dez salários mínimos, com 62,1%, ante 55,9% entre aquelas com renda superior.

Por outro lado, outros 32,1% acreditam que a compra de bens de maior valor ainda é oportuna, sendo 31,7% entre as famílias com renda até dez salários mínimos e 34,1% entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos.

 

Componentes da ICF

A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é composta por sete itens: emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momento para compra de bens duráveis.

O desmembramento mostra a queda de todos os índices ao longo dos últimos meses.

 

Maio/Ano

ICF

Situação no emprego

Perspectiva Profissional

Renda Atual

Acesso Crédito

Consumo atual

Perspectiva Consumo

Momento Duráveis

2010

132,7

132,3

135,9

139,5

138,5

108,3

140,1

133,9

2011

135,8

134,3

108,3

150,3

163

102,4

120,8

171,3

2012

149,4

154,7

107,6

163,6

157,4

120,5

159,1

182,8

2013

146,8

147,1

99,2

158,4

158,7

126,5

163,1

174,9

2014

137,3

145,1

95,6

166,3

152,9

114,7

134,6

152,3

2015

105,9

132,5

93,1

168,4

111,8

82,4

53

100,2

2016

84,5

97,1

92,9

157,1

79,4

57,1

29,4

78,2






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